domingo, 24 de abril de 2011


Quando eu o amarei?
Meu Deus, eu não sei,
Talvez nunca, talvez amanhã.
Mas não hoje, isso é certo.

O amor é um pássaro rebelde
Que nada pode domar
E é simplesmente em vão chamá-lo
Se é conveniente para ele recusar.
Nada funcionará, ameaçar ou suplicar
uma pessoa fala, a outra permanece quieta;
E é a outra que eu prefiro
Ele não disse nada; mas ele me agrada.
Amor! (4x)

Refrão:
o amor é o filho do boêmio,
Ele nunca, nunca conheceu lei alguma
Se você não me ama, eu te amo,
Se eu te amo, proteja-se
Se você não me ama,
Se você não me ama, eu te amo!
Mas, se eu te amo,
Se eu te amo, proteja-se!
Se você não me ama,
Se você não me ama, eu te amo!
Mas, se eu te amo,
Se eu te amo, proteja-se!

O pássaro que você pensou surpreender
Bateu as asas e voou
o amor está longe, você pode esperar por ele
Se você não esperar mais por ele, ele está lá!
Ao seu redor, depressa, depressa,
Ele vem, vai e depois vem de novo
Você pensa em segurá-lo, ele te evita
Você pensa em evitá-lo, ele te segura
Amor, amor, amor, amor!


Carmem Hanabera

domingo, 17 de abril de 2011

Carta de Despedida - Rodrigo Modena

Caros Leitores,

Para nascer uma flor é necessário que seja plantada uma sementinha e depois quando a chuva toca um solo, um milagre acontece e um broto da terra começa a surgir... Passa alguns meses e ali solitariamente começa a crescer, em seguida a ilusão de beleza e perfeição nasce no símbolo de uma flor, mas é apenas uma ilusão...

Pois depois a realidade chega, a mascara cai e fica visível que aquela flor não era bela e sim estava bela por um curto período de tempo e aquilo que era a perfeição num passava de algo frágil que tinha uma breve data de validade. Que logo mais num passará uma flor seca, feia e morta!

A vida também é assim num passa de um jogo de ciclo que acabará de forma seca, feia e também morta, mas nesse ciclo de vida, ou nesse “jogo mortal” existem pessoas que vive esperando o termino na morte. E tem pessoas que vive esperando que vive esperando a morte chegar.

Mas infelizmente tem pessoas que a felicidade foge como um rato foge do gato e essa pessoa acaba vivendo um ciclo igual da flor, porém com uma peculiaridade vai morrendo aos pouquinhos de forma cruel e desumana. Existe uma coisa nós países com pena de morte que diz que qualquer condenado tem o direito a uma morte indolor, mesmo se ele tiver no “Corredor da Morte” ninguém pode mata-lo antes do dia e nem deixar se matar, pois sofrerá dor e se por acaso a pessoa na hora da sentença sentir dor será considerado um crime.

E eu estou me sentindo assim em uma morte lenta e dolorida, a pior forma de morrer é morrer por amor. Belo como uma flor e mortal como uma estaca de ferro!

Rodrigo Modena

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Recomeça... se puderes,
sem angústia e sem pressa
e os passos que deres,
nesse caminho duro do futuro,
dá-os em liberdade,
enquanto não alcances
não descanses,
de nenhum fruto queiras só metade.
[Miguel Torga]

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Blues da morte de amor


já ninguém morre de amor, eu uma vez
andei lá perto, estive mesmo quase,
era um tempo de humores bem sacudidos,
depressões sincopadas, bem graves, minha querida,
mas afinal não morri, como se vê, ah, não,
passava o tempo a ouvir deus e música de jazz,
emagreci bastante, mas safei-me à justa, oh yes,
ah, sim, pela noite dentro, minha querida.

a gente sopra e não atina, há um aperto
no coração, uma tensão no clarinete e
tão desgraçado o que senti, mas realmente,
mas realmente eu nunca tive jeito, ah, não,
eu nunca tive queda para kamikaze,
é tudo uma questão de swing, de swing, minha querida,
saber sair a tempo, saber sair, é claro, mas saber,
e eu não me arrependi, minha querida, ah, não, ah, sim.

há ritmos na rua que vêm de casa em casa,
ao acender das luzes, uma aqui, outra ali.
mas pode ser que o vendaval um qualquer dia venha
no lusco-fusco da canção parar à minha casa,
o que eu nunca pedi, ah, não, manda calar a gente,
minha querida, toda a gente do bairro,
e então murmurarei, a ver fugir a escala
do clarinete: — morrer ou não morrer, darling, ah, sim.



[Vasco Graça Moura, in "Antologia dos Sessenta Anos"]

domingo, 10 de abril de 2011

Leão


A mulher de leão
Brilha na escuridão
A mulher de leão,
Mesmo sem fome
Pega, mata e come
A mulher de leão
Não tem perdão
As mulheres de leão
Leoas são
Poeta, operário, capitão
Cuidado com a mulher de leão!
São ciumentas e antagônicas
Solares e dominicais
Ígneas, áureas e sardônicas
E muito, muito liberais 

sexta-feira, 8 de abril de 2011


Sem seu amor é como uma prisão
O fato de eu ter nascido seria a punição?
Pois vê-lo, sem poder o tocar
Proibe-me de amar.
Lierta-me desta casca,
Que me impede de amar...



Astehria

sábado, 2 de abril de 2011


Fortaleza que cresce, semente de pedra. Abrigo de cego que o cerca. Muro de espinhos oculto em perfumadas flores, traiçoeira armadilha para tantos amores. Bem aventurado aquele que salta sobre, que fere as mãos ao atrever-se ao amor, toma a rua caudalosa e afoga-se em paixão.
Unidos por este elo são levados ao sabor da água, sofrendo cada momento, cada abraço, cada beijo, cada sentimento.

O mundo ainda gira, os pássaros anda cantam e voam, as ondas continuam a quebrar...
...apenas por lhe amar.

Não queira tentar compreender


A quem for esse poema ler,

Não insista em tentar entender,

Algo que não basta compreender.

Sei que meu destino já está traçado,

Não tem como ao passado retornar,

Por isso uma decisão terei que tomar.

O tempo vai sempre está me torturar,

E eu sempre tentando compreender

Aquilo que não tem o que entender

E assim, nessa escuridão, vou morrer!

Rodrigo Modena

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Mulheres - Vinicius de Moraes

Gêmeos





A mulher de gêmeos

Não sabe o que quer
Mas tirante isso
É uma boa mulher
A mulher de gêmeos
Não sabe o que diz
Mas tirante isso
Faz o homem feliz
A mulher de gêmeos
Não sabe o que faz
Mas por isso mesmo
É boa demais...