sábado, 25 de junho de 2011

Carta XVI



Por que sofre?
De o que detesta?
De o que gosta?
Permita-me agradecer que exista?
O que quer para si e apenas a si?
O que procura?
Quais combates quer travar?
Permita-me ficar ao seu lado?

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Não adianta uma árvore sem raízes.


Pronta a dar tudo,
TUDO o que quisesse.
Porém estes atos devem ser justificados,
Quando digo que o motivo é amar a ti
Tudo é lançado à terra,
TUDO é um espectro pálido,
E TUDO o que diria é uma palavra...
UMA, para que eu esteja ao teu lado!

Carta XV


Deitei imóvel, aguardando adormecer
Como faço quando tenho que dormir
E não tenho algum sono...
Imaginei acaricias meus cabelos,
E o beijo de boa noite que me deu.
Imaginei uma cama maior...
...e você acomodar-se junto a mim.
Juntos no mesmo travesseiro.
Mas não, não e não!
Tenho de dormir.
Podem vir os melhores versos,
Mas dormindo posso esquecer,
Por apenas um instante, de ti.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Carta XIV


Conhece o que me alegra,
Conhece o que me entristece,
Conheceo que fiz e faço,
Conhece porque me desespero...

Conheço o que te sorri,
Conheço o que te amarga,
Conheço como agiu e age,
Conheço o que te desespera...

Se não destinados um ao outro,
Seremos anjos defensores um ao outro?
Se um anjo defensor fomos destinados,
Será isto estar com o Bem amado?

Carta XIII






Deixa-me ouvir sua voz
Ao menos este pedaço de ti
Se não o posso ver, se não o posso tocar.
Uma vez apenas, um momento apenas,
Deixa-me ouvir sua voz...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Carta XII


Faço um mundo apenas teu
Para que eu possa adorar a penas a ti.
Ver-te ao acordar
Ver-te ao dormir.
Porque tudo o que preciso
É de você junto a mim.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Carta XI


O amor pode ser tão mágico como uma valsa bem tocada,
E também ser tão cruel quanto uma peça de balé.
Atrevendo-se a surgir de repente, criando-se no ar,
Sentindo-se no suspiro.
Girar e girar e girar e girar e...
Nunca cessar, nunca se deixar deter, nunca parar...
Castelo de papel,
Com dossel enfeitado com jasmins
De onde nunca acordar
E descansar em paz no fim...

domingo, 19 de junho de 2011

Carta X


Noite escura, venha agora
E leve toda a solidão e a tristeza deste mundo.
Elas moram em mim hoje.
Leve-me junto.
Não consigo ver adiante,
Sabendo que não está ao meu lado a quem amo.
Mande a embarcação sombria, omissa em nevoeiro
Para me buscar esta noite,
Para aterrorizar alegres,
felizes, apaixonados.
Para que não se aproximem,
Para que não tomem conhecimento.

Mas, noite escura.
Tenha atenção e zelo.
Apenas quem desejo e amo
É de meu merecimento!
Mereço quem eu amo porque é um tesouro,
Porque é o meu mais precioso bem,
Porque é minhas asas, porque é o que me faz viver...
Mereço quem eu amo porque o honro,
Porque o espero, porque apenas o posso amar...
E porque neste vasto oceano no qual me perdi,
Desejo o encontrar.

Se assim for, de encontrá-lo para mim,
Envie a embarcação sombria assim mesmo,
Omissa em nevoeiro e em noite sem luar.
Pois ele encontra-se perdido de mim,
Sem mais saber onde buscar.
Então permita que eu suba a bordo,
E leve o navio aos céus.
Minha alegria será tanta...
Meu amor se manifestará tão forte...
Que a embarcação se iluminará,
E assim o meu amor poderá me encontrar.

sábado, 18 de junho de 2011

Carta V






















Lembrei de você esta noite.
Quando enumerava as bondades do dia nos dedos.
Ao pensar em você derramei lágrimas no travesseiro
Afogando-o com o pranto.
Sob as cobertas, silenciosa,
No quarto escuro, com a porta fechada,
Onde o único ruído foi o vento.
Sorri com tantas coisas boas...
Chorei com apenas uma tristeza...
Pensei em você essa noite.
Lembranças do que nunca aconteceu.
E preferi que fosse um sonho, não haveria lágrimas...
Porque a verdade é que, em sua liberdade, você não é meu.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Carta IX



Um poema não é feito de doces palavras
Ou de nobres sentimentos.
É feito de crueis atos
Daqueles de breves momentos.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Carta VIII

Outro pássaro cantou na janela esta manhã.
Saltando galho a galho.
Sua voz tão aguda...
Porque ele pode gritar à ausência de quem ama
E eu não?

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Carta VII










Eu te amo agora, te amava antes, te amarei depois.

Te amei de um modo, te amo de outro, vou amar de outros.

Mas consequentemente te amarei pra sempre.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Carta VI


A unhas pintadas de cetim
Adornado cada dedo com um zelo
O pulso sobre a toalha de carmim.

O enfeite prateado no cabelo
Sua veste escolhida há tanto tempo
O sorriso em seu rosto apagou luminárias
Refletindo-se no pingente adormecido em seu colo.

Sorri como que tem.
Palavras e gestos,
Olhares apenas para seu bem.

Ergue a taça,
Em brinde ao sentimento seu.
Quisera que não fosse um sonho,
Ou um sonho que nunca passou...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Carta III


Aqui faleço-me por minha vontade.
Não por meus atos àqueles que sabes,
mas sim por suicídio de minhas palavras.
Àqueles que nunca amaram
Fujam o mal que desconhecem;
Aos corajosos bravos guerreiros,
Estejam cientes do monstro que enfrentam;
Àqueles que cairam no amor
Bem vindos à rua fria ou ao aquecido bosque
Dos quais poucos - muito poucos
Reinou a sorte.

domingo, 12 de junho de 2011
















Doce toque, nota e nota.
A meodia; o tom...
Confinados na mesma música
Pertencentes a eternidade.
Tão próximos. Tão distantes.
Se distanciam. Se completam...
Dominam o ar
Permite o sentimento às pessoas
Nunca a si mesmos,
Pois por mais que nos toque
Não podem se tocar...

sábado, 11 de junho de 2011












É difícil para os indecisos.
É assustador para os medrosos.
Avassalador para os apaixonados!
Mas, os vencedores no amor são os
fortes.
Os que sabem o que querem e querem o que têm!
Sonhar um sonho a dois,
e nunca desistir da busca de ser feliz,
é para poucos!!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Vida
É o amor existencial.
Razão
É o amor que pondera.
Estudo
É o amor que analisa.
Ciência
É o amor que investiga.
Filosofia
É o amor que pensa.
Religião
É o amor que busca a Deus.
Verdade
É o amor que eterniza.
Ideal
É o amor que se eleva.
É o amor que transcende.
Esperança
É o amor que sonha.
Caridade
É o amor que auxilia.
Fraternidade
É o amor que se expande.
Sacrifício
É o amor que se esforça.
Renúncia
É o amor que depura.
Simpatia
É o amor que sorri.
Trabalho
É o amor que constrói.
Indiferença
É o amor que se esconde.
Desespero
É o amor que se desgoverna.
Paixão
É o amor que se desequilibra.
Ciúme
É o amor que se desvaira.
Orgulho
É o amor que enlouquece.
Sensualismo
É o amor que se envenena.
Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do amor, não é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.





quinta-feira, 9 de junho de 2011


















Quero apenas cinco coisas.
Primeiro é o amor sem fim,
A segunda é ver o outono,
A terceira é o grave inverno,
Em quarto lugar o verão.
A quinta coisa são teus olhos.
Não quero dormir sem teus olhos!
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando...

quarta-feira, 8 de junho de 2011

















Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

Sheakespeare

terça-feira, 7 de junho de 2011

Carta II





Como é difícil amar
Quem não ama-te também.
Bom dia! - cumprimento,
Responde ninguém.
Como está? - pergunto,
Responde ninguém.
Quando alguém responde
Morre-se as palavras...
Pois alguém teme ferir
E o outrem teme calar, novamente, o alguém...

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Carta I

Incapaz de escrever um poema,
Escorre as palavras pelos meus dedos,
Que aqui registram as marcas de meu peito.
Como entender que é um sol, que é um mar,
Que é calor e que é vida
Para minha alma confusa de tantas certeza,
Para o meu coração, para a minha cabeça?

Incapaz de escrever um poema, ainda que sem rimas
Incapaz de descrever o sentimento
Em palavras de entendimento
Pois o amor, ah este não tem som ou figuras
Para descrever a si mesmo.
Tomo mais um gole de vida,
Pois o fôlego está contigo,
Para que possa suportar por mais um momento
A sua ausência em minha vida...

sexta-feira, 3 de junho de 2011

As sem-razões do amor


Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.