sábado, 8 de janeiro de 2011



Coração rasgado
Coração quebrado
Coração mal feito
Coração deformado

Rasga-se o peito
Quebra-se o peito
Mal faz-se o abrigo
Deforma-se a fortaleza

O que fazer quando a cola não ajuda?
Envolve-o com adesivos, bem apertado?
Costura-o para que as feridas cure a maior feita?

Dor sobre dor.
Desespero sobre si mesmo.
Não posso tocá-lo com amor
Dentro de mim, tão próximo.

Congelá-lo para que seja anestesiado?
Para que pare de sangrar?
Para ter seu movimento cessado?
Para me deixar de viver?
Viverá tantos remendos?

Ah coração, ilusão tê-lo,
Em sua redoma dentro de mim não posso curá-lo.
Tarefa de outro? Tarefa do tempo?
O que pode ser remédio?
Para que a ferida fechada errada não se torne veneno...
à amiga Larissa, de Astehria.

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